SERVA
DE DEUS ALBERTINA BERKENBROCK |


Albertina
Berkenbrock, nasceu na pequena localidade de São Luís,
município de Imaruí, sul do estado de Santa
Catarina. Sua terra natal integra a paróquia de Vargem
do Cedro e está sob a jurisdição eclesiástica
da diocese de Tubarão.
É
descendente de imigrantes alemães de saliente religiosidade
católica que se estabeleceram na colônia Teresópolis,
em Santa Catarina, na década de 1860. Maria Katharina
Krämer - a matriarca da família Berkenbrock no
Brasil - chegou em Teresópolis com 3 filhos, todos
nascidos em Schöppingen, nas imediações
de Münster, na Alemanha. Um deles era Johann Hermann
Berkenbrock. Do matrimônio de Johann Hermann Berkenbrock
e Elisabeth Schmöller, nasceram nove filhos. Dentre eles
um recebeu o nome de Henrique Berkenbrock(1890-1957) e casou-se
com Josephina Böing(1893-1976). De seu casamento nasceram
9 filhos: dentre eles, Albertina, nascida aos 11 de abril
de 1919.
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Família
de Albertina. |
Casa
em que Albertina viveu com seus pais |
Por
não consentir com os intentos do oleiro Idalício
Cipriano Martins(Maneco Palhoça) que, forçosamente,
desejava deflorá-la, Albertina, em 15 de junho de 1931,
aos 12 anos de idade, foi degolada e morta quanto estava a
procurar um boi que fugira da propriedade de seu pai. Defendendo
sua integridade física e moral, Albertina reagiu decididamente
contra os intentos arbitrários de seu agressor o que
lhe custou a própria vida, a menos de um quilômetro
de sua casa paterna. Idalício era casado, natural de
Garopaba-SC, tinha na ocasião 32 anos de idade e prestava
serviços na localidade de São Luís.
Após
a instauração de inquérito policial,
instrução e julgamento do processo criminal
na comarca de Laguna-SC, Idalício - réu confesso
- foi condenado à pena máxima: 30 anos de prisão
celular. Enquanto cumpria pena à que foi condenado
na Penitenciária Estadual de Santa Catarina, em Florianópolis,
faleceu no Hospital de Caridade, naquela cidade, aos 19 de
junho de 1942.
Antigo
túmulo de Albertina no
cemitério paroquial em São Luís |
PROCESSO
DE BEATIFICAÇÃO E CANONIZAÇÃO
Estamos
pesquisando aspectos relacionados à vida e ao fenômeno
religioso-social desencadeado pela assassinato de Albertina
Berkenbrock e sua conseqüente fama de santidade no sul
do Brasil.
A
morte de Albertina transformou a localidade de São
Luís num concorrido centro de peregrinações
religiosas. Diante da crescente fama de santidade de Albertina,
em 1952, a Arquidiocese de Florianópolis, através
de seu Tribunal Eclesiástico, deu início à
instauração do seu processo de beatificação
e canonização.
Posteriormente,
com a criação da diocese de Tubarão desmembrada
da de Florianópolis, seu primeiro bispo, Dom Anselmo
Pietrulla, dá prosseguimento ao referido processo junto
à Cúria Romana. Em 1956, um processo complementar
para atender às determinações das leis
da igreja, foi elaborado. Por uma série de circunstâncias,
em 1959, o processo foi interrompido sendo retomado em maio
de 2000 sob a liderança de Dom Hilário Moser,
terceiro bispo de Tubarão.
Para
acompanhar a instrução do processo junto à
Cúria Romana, Dom Hilário nomeou a Frei Paolo
Lombardo - OFM, postulador geral da causa de beatificação
e para vice-postulador o Pe. Sérgio Jeremias de Souza,
da diocese de Tubarão.
Seguindo
os trâmites elementares do processo de beatificação
em 12 de fevereiro de 2001, no cemitério de São
Luís, os postuladores da causa, juntamente com Dom
Hilário Moser, coordenaram a exumação
dos restos mortais de Albertina.
Nessa
ocasião procedeu-se um terceiro processo complementar
sobre a propalada fama de martírio e santidade de Albertina,
o qual encerrou-se em 18 de fevereiro de 2001 com a inumação
de seus restos mortais, num sarcófago de granito, construído
no interior da igreja de sua terra natal, São Luís.
Dom
Hilário, bispo de Tubarão, sela a urna
funerária
contendo os restos mortais de Albertina |
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Obs.: Consignamos, aqui, nossos agradecimentos aos genealogistas
Jaime Effting e José Raulino Jungklaus pelo fornecimento
dos dados genealógicos da família Berkenbrock.