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RELAÇÃO DE IMIGRANTES

 


 




          Consignamos aqui nossa homenagem a todos os IMIGRANTES oriundos da Confederação dos Estados Alemães(1) (1815-1866), da Liga Setentrional Alemã(2) (1866-1871), dos Estados Meridionais Alemães (1866-1871), do Império Austro-Húngaro (1867-1918), do Império Alemão(3) (1871-1918) e imediações que emigraram, por motivos diversos, e que se estabeleceram no Brasil.

          Originários do emaranhado geo-político acima referido consideramos alemães os imigrantes que pertenciam à nação alemã, unida pelo língua, cultura e pela história comum em detrimento do Estado político-administrativo de sua procedência.

          A identidade alemã é dada pelo conceito de "Kultur", com todos os seus significados correlatos, que se calca em fatos intelectuais, artísticos e religiosos(4), refletindo a consciência da nação. Daí porque consideramos alemães os imigrantes que faziam uso da língua alemã através dos conceitos decorrentes do jus sanguinis: direito pelo sangue, direito pela herança. Por esse conceito classifica-se como "alemão" todo aquele que faz uso das especificidades decorrentes do jus sanguinis, independente do País/Estado onde tenha nascido(5). Provinham dos Estados do Reich Alemão de 18 de janeiro de 1871, incluindo a Alsácia-Lorena(hoje França), Luxemburgo, Suíça, Áustria, Hungria, República Tcheca(antiga Boêmia, Morávia e parte da Silésia), Romênia, Polônia, Bielorrússia, Ucrânia, Lituânia, Letônia, Estônia além do Tirol(hoje norte da Itália) e imediações. Dessa forma "a nacionalidade configura uma condição humana desvinculada da condição de cidadania"(6). Se a nacionalidade - que podemos denominar de Volkstum ou etnicidade - é um atributo cultural decorrente do povo a cidadania decorre das prerrogativas do Estado enquanto unidade autônoma e soberana.

          Eram cerca de 5 milhões - do total aproximado de 60 milhões de pessoas que emigraram da Europa no século XIX - os que faziam uso da língua alemã. A maioria dos alemães embarcou nos portos de Hamburgo e Bremen se dirigiu para os Estados Unidos da América; entretanto, outros se estabeleceram no Brasil, Canadá, Argentina e Austrália(7). O Brasil recebeu, no período de 1819 a 1947, segundo estatísticas, 235.846 imigrantes alemães(8).

          A composição da Confederação dos Estados Alemães também chamada de Liga Alemã - cuja unidade consistia, essencialmente, no uso do idioma alemão - era, politicamente, muito diversificada: 35 estados independentes e 4 cidades livres. Consistia numa união pouco coesa de estados soberanos. Além da Áustria(até 1866), dela participaram os reinos da Prússia, Baviera, Württemberg, Hannover (sob o domínio do rei da Inglaterra) e Saxônia; os Grão-Ducados Mecklemburg-Schwering-Strelitz, Oldenburg, Hesse-Darmstadt, Saxe-Weimar e Baden; o eleitorado de Hesse-Kassel; os ducados de Brunswick, Nassau, Anhalt-Dessau-Bernburg-Göthen, Saxe-Koburg-Gotha, Saxen-Meiningen-Altenburg-Hildburghausen e Holstein (sob o domínio do rei da Dinamarca); parte dos Países-Baixos (sob a jurisdição do Gran-Duque de Luxemburgo); as quatro cidades-livres de Frankfurt/Meno, Bremen, Hamburgo e Lübeck, somados ainda de um grande número de pequenos principados independentes.

          Por sua vez, o Império Áustro-Húngaro era constituído pela Áustria(grande parte de etnia alemã) e pela Hungria(integrada pelos sérvios, croatas, eslovacos, eslovenos, rutenos e, sobretudo, tchecos - Boêmia e Morávia - e pelos poloneses - Galícia). Ambos os países encontravam-se unidos pela instituição monárquica, representada por Francisco José I, ao mesmo tempo imperador da Áustria e rei da Hungria. Cada país responsabilizava-se pela respectiva administração interna; a fusão, entretanto, configurava-se em questões relativas a política externa, à economia e à guerra que eram regidas por ministérios comuns.

          A antiga Confederação dos Estados Alemães e o Império Áustro-Húngaro e imediações, ao longo da história, devido aos constantes processos de coalizões e desintegrações territoriais dos séculos XIX e XX, através da "dança das fronteiras" deram lugar a inúmeros países aos quais rendemos, aqui, nossa homenagem. Seus emigrantes que, nos séculos XIX e XX instalaram-se no Brasil contribuíram, sobremaneira, na formação sócio-econômico-político-cultural do povo brasileiro.


NOTAS DE FIM

1 - A composição da Confederação dos Estados Alemães foi estabelecida em 1815 pelo congresso de Viena, entre os soberanos dos Estados Alemães, o imperador da Áustria e os reis da Dinamarca e dos Países Baixos; vigorou até 1866.
2 - União política dos Estados Alemães localizados ao norte do rio Meno, criado com a dissolução da Confederação dos Estados Alemães, em 1866.
3 - O Império Alemão foi instituído em 1870-1871 ao fim da guerra franco-prussiana. Dominado pela Prússia, o governo centralizava negócios comuns de 25 estados soberanos e uma província. O imperador exercia o poder executivo e o legislativo dividia-se entre o Bundesrat - Conselho Federal - e o Reichstag - Assembléia Nacional. Fonte: Nova Enciclopédia Barsa - Micropédia e Indice. São Paulo: Enciclopédia Britânica do Brasil Publicações, vol. I, 1998, p. 30.
4 - Cf. ELIAS, Norbet. O Processo Civilizador - Uma História dos Costumes. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, volume 1, 1994, p. 43.
5 - GERTZ, René E. "A Construção de uma Nova Cidadania". In: Os Alemães no Sul do Brasil: Cultura, Etnicidade e História. Canoas: Ed. da ULBRA, 1994, p. 30.
6 - RAMBO, Arthur Blasio. "Nacionalidade e Cidadania". In: Os Alemães no Sul do Brasil: Cultura, Etnicidade e História. Canoas: Ed. da ULBRA, 1994, p. 43.
7 - ALVES, Débora Bendocchi. "A Imigração Alemã para o Brasil". In: JOCHEM, Toni & ALVES, Débora. São Pedro de Alcântara: 170 anos depois... São Pedro de Alcântara: Coordenação dos Festejos, 1999, p. 9. Salientamos que, além dos países acima citados havia colônias alemãs na Rússia Meridional, da Bessarábia até o Cáucaso, nas estepes siberianas, às margens do rio Wolga e os campos da Criméia, na antiga Turquestão e o rio Amur, na fronteira chinesa(antiga União Soviética); na Namíbia; na Argélia; no México; na Venezuela e Nova Granada(Antilhas), em Java(Oceânia), Sumatra entre outras regiões. Além de Hamburgo e Bremen eram utilizados os portos de Roterdã - foz dos Rios Meusa e Reno; Antuérpia - foz do Rio Escalda; Havre de Grace - no canal da Mancha, na França; Dunquerque, também na França, além de outros. Fonte: ABRANTES, Visconde de. "Memória sobre os meios de Promover a Colonização". In: Revista de Imigração e Colonização. Rio de Janeiro, ano II, números 2-3, 1941, pp. 834-5.
8 - Fonte: NADALIN, Sérgio Odilon. "Imigração Alemã no Brasil: Dois Problemas". In: III Colóquio de Estudos Teuto-Brasileiros. Porto Alegre: Editora da URGS, 1980, pp. 297-303.




Mapa da Alemanha e parte de países vizinhos: Lugar de origem de muitos imigrantes que, no século XIX, estabeleceram-se em Santa Catarina

 

Mapa da Alemanha com destaque às suas unidades federativas

 


RELAÇÃO DOS SOBRENOMES DOS IMIGRANTES



RELAÇÃO DOS SOBRENOMES DE IMIGRANTES ESTABELECIDOS NA
COLÔNIA SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA - SC - BRASIL
NO PERÍODO DE 1829 A 1900

RELAÇÃO DOS 100 PRIMEIROS IMIGRANTES ESTABELECIDOS NA COLÔNIA SÃO PEDRO
DE ALCÂNTARA - SC A PARTIR DE 1º DE MARÇO DE 1829

RELAÇÃO DOS SOBRENOMES DE IMIGRANTES ESTABELECIDOS NA
COLÔNIA VARGEM GRANDE - ÁGUAS MORNAS - SC - BRASIL

RELAÇÃO DOS SOBRENOMES DE IMIGRANTES ESTABELECIDOS NA
COLÔNIA SANTA ISABEL- ÁGUAS MORNAS E RANCHO QUEIMADO - SC - BRASIL

RELAÇÃO DOS SOBRENOMES DE IMIGRANTES ESTABELECIDOS NA
COLÔNIA PIEDADE - MUNICÍPIO DE GOVERNADOR CELSO RAMOS - SC - BRASIL

RELAÇÃO DOS SOBRENOMES DE IMIGRANTES ESTABELECIDOS NA
COLÔNIA TERESÓPOLIS - ÁGUAS MORNAS E SÃO BONIFÁCIO - SC - BRASIL



 

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