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NECROLÓGIO DE WALDINO JOCHEM

 

Por Toni JOCHEM
Palhoça-SC
Longino JOCHEM
Águas Mornas-SC

          Waldino Jochem é o quinto filho do segundo casamento de João Jochem (*17/07/1853+21/09/1911) e de Margarida Kniss(*...../....../1873†08/10/1942); é neto paterno do imigrante alemão Pedro Jochem/Anna Maria Petri e materno de Jocob Kniss/Maria Kniss.

          Nasceu em 10 de junho de 1909 na localidade de Löffelscheidt, no município de Águas Mornas – SC. Foi batizado na igreja de Löffelscheidt, aos 20 de julho de 1909, em cerimônia presidida pelo Pe. Frei Meinrado Pierre – OFM, sendo padrinhos Pedro Lofy e Anna Maria Kniss que, na ocasião, foi representada por Margaretha Kniss. Em 21 de setembro de 1911, vítima de uma picada de cobra falece João Jochem, deixando Waldino órfão de pai, com dois anos de idade. João Jochem foi sepultado no cemitério de Löffelscheidt. Viúva, com cinco filhos vivos: Francisco – com 10 anos, Bernardo – com 6 anos, Thomaz – com 4 anos, Waldino – com 2 anos, e Joana – com poucos meses de idade, Margarida Kniss em 15 de maio de 1915 casou-se, aos 42 anos de idade, em segundas núpcias, com o viúvo João Gorges(*....../...../1858†....../....../......), com 57 anos de idade, residente na Fazenda do Sacramento I, para onde transferiu sua residência. João Gorges era filho de Antônio Gorges e de Catharina Trierweiler e viúvo de Catharina Winter. Presume-se que Margarida Kniss tenha vendido e/ou dividido entre os herdeiros suas terras em Löffelscheidt e se mudado para a Fazenda do Sacramento I, nas terras de João Gorges.

          Em função do sobrenome de seu padrasto, Waldino Jochem, para muitos, era conhecido por Waldino Gorges. Foi alfabetizado pelo professor Antônio Fagundes, na Escola da Fazenda do Sacramento I, freqüentando-a por apenas dois anos; o suficiente, na época, para ter o domínio da leitura e da escrita. Foi educado sob rígidos princípios autoritários – principalmente por sua mãe Margarida Kniss – os quais, não raras vezes, reproduziu na educação de seus futuros filhos.

Waldino Jochem e Clotilde Brück.

          Com vinte anos de idade, aos 28 de dezembro de 1929, Waldino casou-se, na Igreja Matriz de Santo Amaro da Imperatriz – SC com Clotilde Brück cuja união matrimonial foi abençoada pelo Pe. Frei Ângelo Funger-OFM. Clotilde, nascida aos 02 de agosto de 1912, filha de José Brück e de Maria Brand Brück, residia em Fazenda do Sacramento I; neta paterna de Pedro Brück/Margarida Marthendal e materna de Jacob Brand/Catharina Schmitz. Logo após o casamento Waldino adquiriu na Fazenda do Sacramento um pedaço de terras de sua mãe, Margarida Kniss, com a extensão de 137.524m2, o qual pagou em prestações anuais por longos anos. Waldino e Clotilde tiveram os seguintes filhos:

1. Arlindo Jochem (*21/11/1930†24/05/1942)
2. Frida Jochem (*05/06/1932†27/07/1934)
3. Longino Jochem (*02/05/1934) c/c Asida Hillesheim     Jochem (*07/05/1936)
4. Maurino Jochen (*20/11/1935†27/06/2005) c/c Arlinda     Longen (*05/10/1939) – separado.
5. Maria Jochem (*18/07/1937) c/c José Pedro Kirchner     (*11/08/1931)
6. Evanilda Jochem Pereira (*01/07/1940) c/c José de Araújo     Pereira (*11/03/1930)
7. José Aldori Jochem (*03/02/1943†30/06/1952)
8. Orivalda Jochem Kirchner (*20/11/1944) c/c Liberto     Kirchner (*13/12/1937)
9. Pedro Jochem (*31/01/1950) c/c Isolete Fritzen Jochem     (*23/02/1961)
10. Irineu Jochem (*13/09/1951) c/c Maura Scheidt Jochem      (*02/06/1954)
11. Lúcia Jochem (*27/07/1954) c/c João Martins – separada.

          A vida do casal Waldino e Clotilde não foi das mais fáceis. Tiravam da terra seu sustento e, do suor de seus rostos, alimentavam seus filhos. As doenças muitas vezes apareceram na residência do casal levando à morte três de seus onze filhos. Em 27 de julho de 1934, vítima de problemas asmáticos, falece Frida Jochem, a segunda filha do casal. Em 25 de maio de 1942, vitimado por tétano falece, no Hospital de Caridade em Florianópolis, Arlindo Jochem, o filho mais velho. O terceiro filho falecido é José Aldori Jochem, vítima de congestão alimentar, em 30/06/1952. Todos estão sepultados no cemitério católico de Águas Mornas, cuja comunidade a família integrava.

          Waldino Jochem era um líder na comunidade. Atuava, com sua liderança e presença de espírito, em todos os segmentos nos quais convivia. Colaborou muito quando, em 1950, foi construída uma nova igreja em Águas Mornas. Era de fortes convicções políticas ligadas a UDN – União Democrática Nacional e, na década de 1950, quando o partido político a que pertencia elegeu o governador Irineu Bornhausen(período 31/01/1951-31/01/1956) foi nomeado Delegado de Polícia do Distrito de Queçaba, hoje Teresópolis, então município de Palhoça. Dava expediente em sua própria residência e tinha por função manter a ordem pública no Distrito de sua Jurisdição. Como “guardião da ordem” sempre freqüentava as festas realizadas pelas comunidades da região e, com seu poder, fazia submeter-se aqueles que procuravam desviar-se dos caminhos dos “bons costumes” e da justiça promovendo desordem/brigas/confusões. Waldino Jochem exerceu o cargo de Delegado de Polícia por, aproximadamente, 10 anos. Quando o partido político a que era filiado perdeu as eleições agiu rapidamente e, antes que fosse exonerado do cargo, pediu seu afastamento. Ainda assim continuou a ajudar seus partidários em questões que lhe fossem solicitadas.

          
Waldino Jochem também tornou-se famoso ortopedista prático. Atendia pessoas de toda a região que a ele recorria em busca de seus conhecimentos o que lhe reputou ser um “grande consertador de ossos”. Atendia com tal dedicação que a recuperação de seus pacientes dava-se sem seqüelas deixando o “osso quebrado” sem “defeito físico”.

Casamento de Waldino Jochem e Clotilde Brück.

           Com grande alegria, em 28 de dezembro de 1979, celebrou, ao lado dos familiares e amigos, suas bodas de ouro. Robusto e de vigoroso porte físico a morte o “pegou” de surpresa a 24 de agosto de 1980, vítima de infarto do miocárdio-anterosclerose, aos 71 anos de idade, enquanto jantava, deixando consternada seus familiares e amigos que, em grande número, compareceram em seus funerais. Deixou viúva sua esposa Clotilde, com 68 anos de idade, e oito filhos vivos, um dos quais, na ocasião, ainda solteiro. Onze anos após, em 25 de novembro de 1991, Clotilde falece, vítima de parada cárdio respiratória, aos 79 anos de idade; ambos estão sepultados no cemitério da comunidade da Ressurreição em Fazenda do Sacramento I, em Águas Mornas-SC.

FONTES DE CONSULTAS:


Cartório do Registro Civil de Águas Mornas – SC
Cartório do Registro Civil de Santo Amaro da Imperatriz – SC
Centro da Memória do Hospital de Caridade – Florianópolis – SC
Paróquia de Santo Amaro da Imperatriz – SC
Arquivo Histórico-Eclesiástico da Arquidiocese de Florianópolis – SC
Centro da Memória da Assembléia Legislativa de Santa Catarina
Arquivo Público do Estado de Santa Catarina
Acervo Histórico de Toni Vidal Jochem
História Oral com familiares

 

 

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toni@tonijochem.com.br