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FAMÍLIA JOCHEM NO BRASIL
BREVE HISTÓRICO
A AFAJO – Associação da Família Jochem no Brasil – é uma entidade de personalidade jurídica e direito privado, sem fins lucrativos, com sede em Águas Mornas e foro em Santo Amaro da Imperatriz, Santa Catarina. Foi fundada em 24 de maio de 2003, como órgão de representação dos membros da FAMÍLIA JOCHEM NO BRASIL, especialmente dos descendentes do imigrante alemão PETER JOCHEM. As finalidades da AFAJO, contidas em seus Estatutos, em seu Art. 3º, são: I – congregar e reforçar os laços familiares e/ou sentimento de pertença entre os membros da Família Jochem espalhados em diversos Estados do Brasil; II – dar seqüência à elaboração da GENEALOGIA E HISTÓRIA DA FAMÍLIA JOCHEM NO BRASIL, com o objetivo de publicá-la em forma de livro; III – realizar/implantar o CADASTRO NACIONAL DA FAMÍLIA JOCHEM NO BRASIL; IV – promover, apoiar e criar condições para a realização de ENCONTROS FAMILIARES de âmbito regional, nacional e internacional. O imigrante PETER JOCHEM nasceu em 08 de março de 1821, em Kommen, Hunsrück, na Alemanha. Ele era filho de Matthias Jochem (*11/07/1786) e de Susanna Back (*17/05/1789); neto paterno de Peter Jochem (*04/06/1762) e de Anna Catharina Zimmer (*15/03/1762); bisneto de Adam Jochem (*26/12/1707) e de Christina Heul (*15/01/1724) e trineto de Michael Jochem e de Rosina Clesius. Em 1846, Peter Jochem emigrou para o Brasil onde chegou em dezembro do mesmo ano. No início de 1847, provavelmente no mês de março, instalou-se na localidade de Löffelscheidt, Colônia Santa Isabel, hoje município de Águas Mornas – Santa Catarina. Lá, Peter Jochem recebeu, em 16 de julho de 1847, o lote de número 5, com 100 braças de frente por 800 braças de fundo, à direita do Caminho-de-Tropas, considerando o sentido Desterro-Lages. Eram seus vizinhos os imigrantes: Jacob Weber, João Wilberth, Jacob Eberhard e João Loffi. Na ocasião do recebimento o lote, Peter Jochem era solteiro e recentemente havia completado 26 anos de idade. Algum tempo depois, casou-se com Anna Maria Petri, nascida em 01 de março de 1820, em Farschweiler, Hunsrück, na Alemanha. Anna Maria era filha de Johann Philipp Petri e de Anna Maria Mayer e neta de Matthias Petri e de Anna Bárbara Kappes. Anna Maria Petri já estava há anos no Brasil. Afirma-se que emigrou de forma clandestina, juntamente com seus irmãos, e teria se estabelecido na Colônia São Pedro de Alcântara e, posteriormente, talvez em Vargem Grande.
Pouco se sabe a respeito da vida e atuação do imigrante PEDRO JOCHEM. Em busca de informações sobre sua vida, localizamos o seguinte episódio, que quase lhe custou a vida, ocorrido em 1870, em Desterro, hoje Florianópolis. Diz o texto:
"Pedro Jochem, um colono de Santa Isabel, há alguns dias, quando levou produtos à cidade, quase morreu afogado. O bote em que estava chegou ao porto às 2h da madrugada. Estava muito escuro e, além disso, começou a chover. Para se proteger da chuva, os passageiros desembarcaram do bote para se abrigar embaixo do telhado do trapiche. Quando Pedro Jochem tentava desembarcar, por faltar algumas tábuas no trapiche, pisou em falso, acabou caindo na água e involuntariamente afundou por duas vezes. Felizmente se segurou no pilar de sustentação do trapiche e conseguiu se desfazer do poncho que usava, do contrário não teria se salvado".
O casal Peter Jochem e Anna Maria Petri teve seis filhos: o primeiro chama-se FELIPE JOCHEM – nasceu em 1848 e dele não se tem mais notícias, talvez tenha falecido ainda criança; o segundo filho tem o nome do pai, PEDRO JOCHEM – nasceu em 29 de outubro de 1849 e faleceu em 23 de abril de 1925, casou-se com Maria Loffi, com quem teve, aproximadamente, dez filhos; o terceiro filho chama-se JOÃO JOCHEM – nasceu em 17 de julho de 1853 e faleceu em 21 de setembro de 1911, contraiu matrimônio com Catarina Loffi, com quem teve 11 filhos; o quarto filho é CATHARINA JOCHEM – nasceu em 03 de abril de 1856 e faleceu em 01 de janeiro de 1903, casou-se com João Knies; o quinto filho é JACOB JOCHEM – nasceu em 1858 e dele não se tem mais notícias; o sexto e último filho do imigrante Pedro Jochem chama-se JOSÉ JOCHEM – nasceu em 22 de abril de 1860 e faleceu em 07 de outubro de 1953, contraiu matrimônio com Margarida Hillesheim, com quem teve uma filha. Hoje, presume-se que sejam, aproximadamente, 4.000 os descendentes do casal Peter Jochem e Anna Maria Petri. Descendentes que estão espalhados pelos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Rondônia; além da Venezuela, Estados Unidos da América do Norte e da Espanha.
Os descendentes do imigrante Pedro Jochem estão presentes nos seguintes municípios de Santa Catarina: Agrolândia, Águas Mornas, Alfredo Wagner, Angelina, Ascurra, Atalanta, Blumenau, Braço do Norte, Campo Alegre, Correia Pinto, Criciúma, Dona Emma, Florianópolis, Içara, Indaial, Itajaí, Ituporanga, Jaguaruna, Jaraguá do Sul, Joinville, Lages, Lontras, Palhoça, Penha, Petrolândia, Pomerode, Pouso Redondo, Presidente Getúlio, Rancho Queimado, Rio do Oeste, Rio do Sul, Santo Amaro da Imperatriz, São Bento do Sul, São José, São Ludgero e Trombudo Central; do Paraná: Cafelândia, Cascavel, Curitiba, Lindoeste, Pato Branco, Pinhais e Planalto; de Rondônia: Espigão do Oeste, Mirante da Serra e Nova Mamoré; de São Paulo: São José dos Campos e São Paulo; de Mato Grosso do Sul: Bela Vista; e do Rio Grande do Sul: Carlos Barbosa (e o Distrito Federal: Brasília. (A listagem pode não estar completa).
ORIGEM DO SOBRENOME JOCHEM
Sobre a origem do sobrenome JOCHEM, existe uma versão que salienta que JOCHEM é um sobrenome familiar, classificado como sendo um patronímico. Entende-se por patronímico (do grego patronymykós) aquilo que é relativo ao (ou que indica) nome dos pais. É composto por dois radicais gregos, "Pater", em português, pai e "onima", que se traduz por nome (nome do pai).
Desta forma, alguém cujo nome fora Jochem, teve um filho que se tornou conhecido como "Fulano filho do Sr. Jochem"; o filho deste, ou melhor, neto do patriarca original, simplesmente se utilizou do termo após o primeiro nome como forma de se identificar enquanto descendente daquele senhor, sendo conhecido, então, como "Sicrano Jochem". O repasse do termo de geração em geração acabou por transformá-lo em um sobrenome familiar.
Mas, o processo de adoção de sobrenomes, tal como o temos na atualidade, tem uma longa história. Sabe-se que os cognomes, apelidos, sobrenomes ou nomes de família já eram utilizados na Antigüidade, os romanos possuíam um sistema próprio de distinguir uma pessoa de outra pelo nome e por outros apostos a ele.
Pela história desse povo, julga-se que este sistema tenha surgido em épocas remotas e que já fosse de uso comum logo após o início da expansão do poderio de Roma. Os romanos possuíam um sistema pelo qual identificavam no nome do indivíduo qual seu clã de origem, foi a primeira forma de se identificar um grupo familiar em específico, porém, com a queda do Império Romano em 476 d. C., este sistema virtualmente deixou de existir, caindo em desuso.
Na Idade Média (476-1453), passou, pois, a vigorar tão somente o nome de batismo para designar, distinguir e caracterizar as pessoas. Fala-se em nome de batismo porque, na época da queda do Império Romano Ocidental, a península itálica já era praticamente toda cristã. Por outro lado, os povos invasores foram cristianizados em massa no período que se segue à desagregação do Império. O cristianismo se tornou um elemento aglutinador, que aproximou todos estes povos.
O estabelecimento de vários povos estrangeiros introduziu uma grande variedade de nomes e palavras que, paulatinamente, foram sendo latinizadas. Esses povos não possuíam a tradição da “sobrenominização” das pessoas, fato este que influiu sistematicamente no abandono de tal costume.
O aporte de grande acervo de novos nomes, trazidos pelos povos invasores, principalmente germânicos, o abandono da sistemática latina de individualizar pessoas e a influência do cristianismo que difundia os nomes de seus mártires e santos criaram uma confusão generalizada. Os nomes se repetiam com freqüência, o que tornava difícil distinguir um indivíduo de outro.
Surgiu então a necessidade de se estabelecer uma modalidade para que se distinguisse um cidadão de outro, para tal finalidade foram criadas algumas fórmulas, que, na verdade, não foram estabelecidas oficialmente, por alguma autoridade, mas, sim, de um modo espontâneo na pena do escrivão, no convívio social e na linguagem popular que inventava formas de distinguir, por exemplo, os dez ou vinte Johannes (João) que viviam na mesma comunidade.
Os primeiros registros do uso de sobrenomes familiares como hoje os conhecemos, foram encontrados por volta do século VIII, ou seja, após o ano 701 d. C.
Na Inglaterra, por exemplo, só passaram a ser usados depois de sua conquista pelos normandos, no ano de 1066. Foi só no início do Renascimento que os cognomes voltaram a ter aceitação geral.
No ano de 1563, o Concílio de Trento oficializou a adoção de sobrenomes, ao estabelecer nas igrejas os registros batismais, que exigiam, além do nome de batismo, que teria de ser um nome cristão, de santo ou santa, um sobrenome, ou nome de família.
SIGNIFICADO DO SOBRENOME JOCHEM
Afirma-se que a palavra JOCHEM é nome próprio de origem germânica, baseado no hebraico Yohoyaqim (Joaquim, em português). O nome Joaquim seria uma forma convergente de dois nomes hebraicos: Iehoyachin e Iehoyakim, respectivamente, “o instalado de Deus” e “o elevado de Deus”[6]; mas também pode ser traduzido por: “a quem Jeová confirma” ou “Jeová construirá/edificará”[7], o que tem firmeza, Deus consola, ou “elevação, preparação”; ou, ainda, “o que faz para o sol”. O nome Joaquim significa: aquele que Deus elevou. Indica uma pessoa firme e segura e que age sempre de maneira leal. Apesar da aparente frieza, sempre se mostra atencioso, confiável e disposto a ajudar[8]. Na Bíblia, Joaquim empresta seu nome a um reinado (609-598 a. C.)[9].
Como nome cristão, surgiu só depois do seculo XV por influência do Príncipe de Brandenburg, Joachim I (*21/02/1484†11/07/1535) da Casa de Hohenzollern. Ele reinou de 1499 a 1535. Com a Reforma Protestante, da qual Joaquim I era forte oponente, o nome Joaquim, em homenagem a São Joaquim, pai de Maria e avô de Jesus Cristo, começou a se tornar freqüente.
Mesmo não tendo sido muito utilizado na Idade Média, sabe-se que o sobrenome JOCHEM difundiu-se de várias formas e em várias línguas (em bable: Xuacu; em catalão: Joaquim, Quim; em galego: Xaquin, Xoaquin; em euskera: Yokin; em francês, inglês e alemão: Joachim; em italiano: Gioachimo; em russo: Akim) e, nos dias de hoje, a forma Joaquim é muito freqüente entre os povos de língua portuguesa[14].
SOBRENOME JOCHEM PODE REMETER A SÃO JOAQUIM |
Como vimos acima, o sobrenome JOCHEM é de origem germânica, baseada no hebraico Yohoyaqim (Joaquim, em português), uma possível alusão a São Joaquim, pai da Virgem Maria[15] e avô de Jesus Cristo. A ele é creditado a popularização do sobrenome JOCHEM entre os povos cristãos. Sabe-se pouco a respeito da vida de São Joaquim; as principais informações que chegaram aos nossos dias encontram-se no apócrifo[16] Proto-Evangelho de Tiago[17], datado do século II. Infelizmente, não há registro histórico sobre a vida e a personalidade de São Joaquim. A narrativa do Proto-Evangelho de Tiago apresenta uma semelhança muito grande com a história bíblica sobre o nascimento de Samuel[18]; a mãe do profeta Samuel chamava-se Hannah[19].
Afirma-se que Joaquim nasceu em Nazaré e casou-se com Ana, sendo ambos muito jovens. Além do nome de Joaquim, ao pai da Virgem Santíssima é dado o nome de Cléofas, de Sadoc e de Eli. O casal era da tribo de Davi. “Um homem muito rico”, dono de rebanhos de ovelhas, porém, teve um casamento estéril.
Na época, não ter filhos representava uma punição divina, sinônimo de inutilidade, de castigo. Os motivos eram óbvios: os judeus esperavam a chegada do Messias, como previam as sagradas profecias. Assim, toda esposa judia esperava que dela nascesse o Salvador e, para tanto, ela tinha que dispor das condições para servir de veículo aos desígnios de Deus, se assim Ele o desejasse. Por isso, a esterilidade causava sofrimento e vergonha. “Joaquim não havia tido posteridade em seu povoado, lembrou-se de Abraão, que o Senhor lhe deu Isaac, em seus derradeiros anos de vida”. E, por este motivo, eram humilhados perante a comunidade. Joaquim, já bastante desiludido com o fato e após ter se dirigido “aos arquivos de Israel com intenção de consultar o censo genealógico e verificar se, porventura, teria sido ele o único que não havia tido posteridade em seu povoado”, dirigiu-se, então, ao deserto onde passou em jejum e oração por quarenta dias.
Segundo, Nilza Botelho Megale:
“Certa vez, cansado de ser recriminado pelos amigos e sacerdotes, sem nada dizer à esposa, reuniu seus pastores, levou os rebanhos para o deserto, armando ali sua tenda, longe de todos e de tudo. Ninguém dava notícias dele e Ana achou que o marido havia falecido. Lamentava-se pela viuvez e esterilidade. Apesar de abatida com o rude golpe, tentou reagir, apegando-se ao Senhor, a quem orava com grande confiança. Certo dia em que rezava em seu jardim, apareceu-lhe um anjo de Deus, dizendo: ‘Ana, Ana, o Senhor escutou a tua súplica. Conceberás e darás à luz e de tua prole falar-se-á em todo o mundo’. Ana então prometeu a Deus que ofereceria seu filho ou filha ao Senhor, para que permanecesse ao seu serviço a vida inteira”.
Se tivesse um filho, então o consagraria ao serviço de Deus no Templo de Jerusalém. Ao completar-se o tempo de sua penitência, aparecera a Joaquim um anjo anunciando que o mesmo seria agraciado com um filho: “Joaquim, Joaquim, o Senhor escutou os teus rogos; volta, pois, que Ana, tua mulher, vai conceber em seu ventre”. Ana, sua esposa, após longa esterilidade e com quarenta anos de idade, deu à luz uma menina, a qual deram o nome de Maria. O Evangelho não nos dá dados do nascimento de Maria, mas há várias tradições. Algumas, considerando Maria descendente de Davi, assinalam seu nascimento em presépio. Outra corrente grega e armênia, assinala Nazaré como berço de Maria. Os escritos antigos (não os Evangelhos) divergem, quando falam do lugar de nascimento de Maria. E esse lugar torna-se relevante porque pode conduzir também à residência de Joaquim. Uns a fazem nascer em Belém, para ligá-la com mais certeza à descendência de Davi, cuja família e parentela eram de Belém, onde nascera o próprio rei Davi. Outros sugerem Nazaré, como seu lugar de nascimento, já que a Anunciação aconteceu ali (Lc 1,26). Também era lá que Maria tinha casa própria, quando recebeu a mensagem do Arcanjo Gabriel. No entanto, os escritos mais antigos, como o Proto-Evangelho de Tiago, a dão por nascida em Jerusalém, no lado Norte da cidade, perto da piscina Probática, ou seja, das ovelhas. Como vimos, três cidades disputam a honra de ter sido o local de nascimento de Maria: Belém, Seforis e Jerusalém.
Ana era filha de Mathan, um sacerdote que vivia em Belém, e tinha outras duas irmãs: Sobe, que foi mãe de Santa Isabel e avó de São João Batista, e Maria de Cléofas, que foi mãe de Maria Salomé. Ana era filha de Natã, sacerdote belemita, e de Maria. Tudo que sabemos da apresentação de Nossa Senhora no templo, sabemo-lo por lendas e informações extra-bíblicas (principalmente pelo proto-Evangelho de Tiago). Com o intuito de cumprir o voto que havia feito, quando Maria completou três anos de idade, Joaquim e Ana a levaram para o Templo, onde pudesse ser educada até os doze anos de idade. As crianças eram educadas em colégios anexos ao Templo, e ajudavam nos múltiplos serviços e funções da casa de Deus. Depois desse período, Maria foi dada em casamento a São José.
A tradição não dá informações da morte de Joaquim nem de Ana. Tampouco, sabe-se a data do nascimento ou da morte de ambos, mas sabemos que são cultuados pela Igreja desde o século VI.
“Devido a sua história, Santa Ana é considerada a padroeira das mulheres grávidas e dos que desejam ter filhos. Maria cresceu conhecendo e amando a Deus e foi por Ele a escolhida para ser Mãe de Seu Filho. São Joaquim e Santa Ana são os padroeiros dos avós”.
Santa Ana é venerada como padroeira das mães e viúvas, dos mineiros e navegantes. Dizem que concede gravidez às mulheres estéreis. A São Joaquim, o patriarca das famílias, se atribuem vários nomes: Eli, Cléofas, Eliaacim, Junachir, Sadoc. O culto aos pais da Virgem Maria é antigo, sobretudo entre os gregos. Salientamos que existia, já no século V, em Jerusalém, o Santuário Mariano situado junto aos restos da piscina Probática. Debaixo da formosa igreja românica, levantada pelos cruzados, – a Basílica de Santa Ana – acham-se os restos de uma basílica bizantina e umas criptas escavadas na rocha, que parecem ter formado parte de uma moradia que se considerou como a casa natal da Virgem Maria, onde teria morado São Joaquim. A devoção se estendeu mais tarde, aproximadamente no século X, ao Ocidente, atingindo o seu ápice no século XV. O culto que se rende a Santa Ana data, no Oriente, do século VI e no Ocidente, do VIII. No século XIV, era generalizado, e o papa Urbano VI decretou sua festa para a Inglaterra (1378). Gregório XIII tornou-a extensiva a toda a Igreja Católica (1584), comemorando-a a 26 de julho. Em 1584, São Joaquim, também ganhou espaço no calendário litúrgico, a princípio, no dia 20 de março e, depois, a 16 de agosto. Somente em 1913, foi que São Joaquim passou a ser comemorado no dia 26 de julho, juntamente com sua esposa, Santa Ana. Os cultos ao pai de Maria começaram em Veneza, por volta do século VI. Tal devoção estendeu-se por todo Ocidente e passou a ser cultivada a partir do século XVI.
No Brasil, há mais de vinte comunidades que têm como protetores Joaquim e Ana. O Estado de Goiás tem a Mãe de Maria como padroeira estadual; nas cidades de Caicó-RN, Castro-PR, Coari-AM, Itapeva-SP e Ponta Grossa-PR, Ana é padroeira da cidade[39]. São Joaquim, por sua vez, empresta seu nome a cidades e ou distritos nos Estados de Santa Catarina (São Joaquim), São Paulo (São Joaquim da Barra), Minas Gerais (São Joaquim de Bicas), Pernambuco (São Joaquim do Monte) e Amapá (São Joaquim do Pacuí).
CAPELINHA DE SÃO JOAQUIM
No dia 03 de setembro de 2006, durante o I ENCONTRO REGIONAL DA GRANDE FLORIANÓPOLIS DA FAMÍLIA JOCHEM, realizado em Löffelscheidt, Águas Mornas-SC, foi solenemente benta pelo Pe. Aluísio Heidemann Jochem, uma CAPELINHA (TIPO ORATÓRIO) DE SÃO JOAQUIM.
A referida capelinha reproduz a Igreja da cidade de Kommen, construída em 1730, no Hunsrück, na Alemanha. Foi lá, em Kommen, que o imigrante PETER JOCHEM nasceu em 08 de março de 1821. Há exatos 160 anos, em 1846, Peter Jochem emigrou para o Brasil onde chegou em dezembro do mesmo ano. No início de 1847, provavelmente no mês de março, instalou-se em Löffelscheidt, Águas Mornas – SC. Ele era solteiro e recentemente havia completado 26 anos de idade. Algum tempo depois, c asou-se com Anna Maria Petri, nascida em 01 de março de 1820, em Farschweiler, Hunsrück, na Alemanha.
Hoje, presume-se que sejam, aproximadamente, quatro mil os descendentes do casal Peter Jochem e Anna Maria Petri. Descendentes que estão espalhados pelos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Rondônia; além da Venezuela, Estados Unidos da América do Norte e da Espanha.
Foi na Igreja de Kommen que Peter Jochem rezava antes de emigrar para o Brasil. Presumivelmente também nela foi batizado. Assim, a Igreja de Kommen tem ligação com a Família Jochem. E considerando o fato de que, historicamente, o sobrenome JOCHEM remete a São Joaquim, a AFAJO fez construir a presente capelinha com o objetivo de que ela visite TODAS AS FAMÍLIAS JOCHEM DO BRASIL.
E para que essa CAPELINHA DE SÃO JOAQUIM visite todas as Famílias Jochem no Brasil, pedimos que você observe o seguinte:
1 – Receba com respeito a presente capelinha em sua residência; Cuide da sua manutenção; zele por ela;
2 – Permaneça com a capelinha por SOMENTE 02 DIAS em sua casa;
3 – No livro que esta atrás da capelinha (numa espécie de bolso) escreva o seu nome, a cidade em que você reside e data em que a capelinha visitou sua residência. Isso é para todos saibam por onde a capelinha já passou;
4 – Leve a capelinha para um membro da Família Jochem, ou simpatizante, que resida mais próximo de você;
5 – Quando a capelinha tiver visitado todos os membros da Família Jochem de sua cidade, leve-a para a cidade mais próxima onde residem outros membros da Família Jochem.
6 – Faça novena em honra a São Joaquim, quando a capelinha estiver em sua casa, solicitando a intercessão dele para seus pedidos em particular; peça a Deus pelas intenções da grande Família Jochem no Brasil.
7 – Se ocorrer qualquer problema com a capelinha, por favor comunique ao Presidente da AFAJO no seguinte fone : 0 xx 48 3242-0826 e/ou toni@tonijochem.com.br;
8 – Mantenha a AFAJO informada em que cidade a capelinha está;
9 – Em cada região, ou cidade, ou bairro, ou localidade, ou rua em que a capelinha passar sugere-se fazer uma novena em honra a São Joaquim solicitando as bênçãos divinas para todos os membros e simpatizantes da Grande Família Jochem no Brasil, reiteramos. E na ocasião da realização da novena poder-se-ia efetuar um leilão de massas/bolos, cucas, pães, pequenos objetos e/ou outros utensílios em benefício da CONSTRUÇÃO DO MEMORIAL DA FAMÍLIA JOCHEM. Se todos colaborarem tudo dará certo... acredite... e a CAPELINHA DE SÃO JOAQUIM será um importante elo fomentador de união entre os membros da Família Jochem.
Reiteramos uma vez mais, a capelinha saiu da Löffelscheidt, Águas Mornas-SC, no dia 03 de setembro de 2006 quando do lançamento da Pedra Fundamental do MEMORIAL DA FAMÍLIA JOCHEM, foi abençoada pelo Pe. Aluísio Heidemann Jochem, e deve retornar a Löffelscheidt para a INAUGURAÇÃO DO MEMORIAL. No dia 03 de setembro a capelinha acompanhou o Pe. Aluísio até sua residência em Laguna-SC, onde ficou por dois dias, e depois seguiu para o Vale do Braço do Norte-SC.
MEMORIAL DA FAMÍLIA JOCHEM
MOTIVAÇÃO
A Diretoria da AFAJO – Associação da Família Jochem no Brasil – articula a construção do Memorial da Família Jochem. Ele deverá ser digno de todos, motivo de orgulho e de identificação dos membros da Família Jochem e ponto de visitação dos estudiosos e simpatizantes da imigração alemã. Será construído na localidade de Löffelscheidt, Águas Mornas, em Santa Catarina. Será um Memorial destinado à "Família Jochem" e não exclusivamente ao imigrante Pedro Jochem. E, por pretender ser um MEMORIAL DA FAMÍLIA JOCHEM, o mesmo fará referência a cada um dos seis filhos do casal Pedro Jochem e de Anna Maria PETRI: Felipe, Pedro, João, Catharina, Jacob e José. O projeto prevê a colocação de um pedestal (localizado à frente das colunas) e, nele, a ESTÁTUA DO CASAL PEDRO E MARIA, em cuja base serão afixados, além de uma placa comemorativa, o histórico e o brasão, ou similar, da família Jochem. Trata-se da representação do CASAL IMIGRANTE e, ao redor, SEUS SEIS FILHOS representados, cada um, por uma coluna, o que confere dimensão “FAMILIAR” ao Memorial e estimulará o sentimento de pertença, de identidade, de vínculo, de irmandade, de bem-querer coletivo, de estima mútua... Nas respectivas colunas, será afixada a genealogia de cada um dos seis filhos. Não será um Memorial meramente saudosista, mas um apelo à reflexão sobre os valores da família enquanto célula-mater da sociedade. Quer ser um ponto de reflexão nesse sentido. Como a Família Jochem é muito religiosa, o Memorial deverá fazer alusão a este dado. Há quem afirme – mas isso ainda não foi confirmado – que o imigrante Pedro Jochem trabalhava numa fábrica de sinos na Alemanha, antes de emigrar. Se a informação for confirmada, será incluído um pequeno sino na construção. À sua frente, o Memorial trará dois mastros, para o hasteamento das bandeiras do Brasil e da Alemanha. O Memorial quer ser o MARCO ZERO da Família Jochem e deverá estar localizado num ambiente ajardinado, em meio a uma pequena praça, com bancos, lixeiras, etc. Faça sua doação para a AFAJO concretizar esse grande sonho: a construção do MEMORIAL DA FAMÍLIA JOCHEM. Colabore conosco!
Toni JOCHEM
Presidente da AFAJO
NOTAS DE FIM
Na localidade de Löffelscheidt, também se estabeleceram as seguintes famílias: Backes, Eberhardt, Fritzen, Hammes, Kraus, Koch, Lofi, Mees, Metler, Meurer, Meyer, Mortiz, Morsch, Reitz, Roth, Schmitz, Schneider, Steffens, Thiesen, Thiel, Trarbach, Trosch, Weber, Weisgerbert, Weiss, Wilbert, entre outras. Cf. JOCHEM, Toni. A Epopéia de uma Imigração. Águas Mornas: Ed. do Autor, 1997, pp. 404ss.
Fonte: Memoriais 286, p. 25. Termos das Medições de Lotes na Colônia Santa Isabel (1847-1848). Série: Memoriais de Lotes, Títulos Definitivos e Provisórios (1846-1930). Arquivo Público do Estado de Santa Catarina. Cf. também Planta de Löffelscheidt, Colônia Santa Isabel, em 1847. Hoje, Águas Mornas-SC. Fonte: Arquivo do Instituto Martius-Staden, Ref.: G II a, Nr. 1048/1.
BUENO, Antônio da Cunha e BARATA, Carlos Eduardo de Almeida. Dicionário das Famílias Brasileiras. São Paulo: Litografia Tucano Ltda, s/d, p. 1246.
Quais são as diferenças entre os Evangelhos canônicos e os apócrifos?
A primeira diferença que podemos comprovar – já que os Evangelhos canônicos, por terem sido inspirados por Deus, não podem ser diretamente verificados – é externa aos próprios Evangelhos: os canônicos pertencem ao cânon bíblico; os apócrifos não. Isso significa que os canônicos foram recebidos como tradição autêntica dos apóstolos pelas igrejas do Oriente e Ocidente desde a geração imediatamente posterior aos apóstolos, enquanto que os apócrifos, ainda que alguns fossem utilizados esporadicamente por alguma das comunidades, não chegaram a se impor nem foram reconhecidos pela Igreja universal.
PROENÇA, Eduardo de (Org.). Apócrifos e Pseudo-epígrafos da Bíblia. São Paulo: Fonte Editorial Ltda, 2005. Sua autoria é atualmente tida como desconhecida, embora o autor se identifique como Tiago, provavelmente para oferecer um certo grau de credibilidade ao seu escrito. Os críticos, porém, não concordam que esta obra tenha como autor um judeu, em virtude do desconhecimento que o autor parece ter da religião judaica. A data de composição é tão discutida quanto a sua autoria, variando de 60 d. C. até os fins do século II. Boa parte dos estudiosos crê que a obra tenha surgido antes mesmo dos Evangelhos canônicos de Mateus, Marcos, Lucas e João, motivo pelo qual, a partir do século XVI, passaram a chamar a obra de "Proto-Evangelho", isto é, "primeiro Evangelho". Seja como for, o fato é que tal escrito gozou de grande estima entre os primeiros cristãos, incluindo grandes figuras eclesiásticas como Clemente de Alexandria, Orígenes, São Justino e Santo Epifânio. Também notável foi sua contribuição para a Mariologia e a liturgia da Igreja.
A celebração da festa da Natividade da Santíssima Virgem Maria é conhecida no Oriente desde o século VI. Foi fixada em 08 de setembro, dia com o que se abre o ano litúrgico bizantino, e que se fecha com a Dormição, em agosto. No Ocidente, foi introduzida no século VII e era celebrada com uma procissão-ladainha, que terminava na Basílica de Santa Maria a Maior. Cf. Fonte: Natividade da Santíssima Virgem Maria in: http://72.14.209.104/search?q=cache:y3hkwGVLb_8J:www.acidigital.com/santos/santo.
php%3Fn%3D82+S%C3%A3o+joaquim+maria+menina&hl=pt-BR&gl=br&ct=clnk&cd=94 – Consulta realizada em 24 de agosto de 2006.
A Igreja oriental distinguiu este fato com as honras de uma festa litúrgica. A Igreja ocidental conhece a comemoração da Apresentação de Nossa Senhora desde o século VIII. Estabelecida primeiramente pelo Papa Gregório XI, em 1372, só para a corte papal, em Avignon; em 1585, Sixto V ordenou que fosse celebrada em toda a Igreja. Cf. Fonte: “Nossa Senhora da Apresentação”, in:
http://72.14.209.104/search?q=cache:Fnd9zKnu5r4J:www.paginaoriente.com/titulos/nsapres2111.htm+S
%C3%A3o+joaquim+
maria+menina&hl=pt-BR&gl=br&ct=clnk&cd=6 – Consulta realizada em 23 de agosto de 2006. Desde os primeiros séculos, celebrou-se a consagração de Maria no Templo, embora, repito, nada digam a respeito os Evangelhos. Muito cedo, celebrou-se na Igreja do Oriente a festa da "Entrada da Santíssima Mãe de Deus no Templo" e a esse título dedicou-se, no ano 543, uma Basílica em Jerusalém. No Ocidente, ou seja, na Igreja romana, a festa tomou o nome de "Apresentação da Bem-aventurada Virgem Maria". O Papa Xisto V, em 1585, introduziu a festa no calendário universal, no dia 21 de novembro, data em que a festa sempre fora celebrada. Cf. Fonte: NEOTTI, Frei Clarêncio. “Consagração de Maria a Deus”, in:http://72.14.209.104/search?q=cache:E3o8Gd-6nqgJ:www.franciscanos.org.br/nossaorigem/especiais/procla_imaculada/artigo2.html+S%C3%A3o+
joaquim+maria+menina&hl=pt-BR&gl=br&ct=clnk&cd=34 – Consulta realizada em 23 de agosto de 2006.
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