Biografia elaborada por Maria Livino Jochem Araújo, de Braço do Norte-SC e pelo Pe. Aluísio Heidemann Jochem, de Bela Vista-MS.

          Livino Jochem é o quinto filho de José Jochem e Emília Michels. Nasceu em oito de novembro de 1920 em Rio Corujas, atual Rio Santo Antônio, em Braço do Norte-SC.

          Em 1928, aos oito anos de idade, iniciou os seus estudos na própria comunidade de Rio Corujas, tendo como professores Roberto Kniess e Guilherme Rech.

          Com relação a vida espiritual ou a vivência religiosa Livino é um homem muito dedicado, a exemplo de toda a família de José Jochem e Emília Michels. Pode-se até dizer “extremamente dedicado”. Nos primeiros tempos participavam da reza do terço no Rio Corujas, onde com o seu pai José ajudou a construir a igreja da comunidade. Livino foi catequista de seus irmãos José (¤22/11/1926) casado com Marta Schmoeller e Lino (¤23/09/1924†04/07/1995). Ensinou a sua irmã Maria(¤13/02/1929), as orações básicas da vida cristã.

          Em outros momentos participava das missas dominicais na igreja matriz em Braço do Norte; deslocava-se a pé sob o sol escaldante e muitas vezes sob a chuva inesperada do verão. Na vida religiosa, o terço é sua companhia inseparável; quando alguém ousa criticar algum padre, toma a sua decisiva e permanente defesa. Quando impossibilitado de participar da missa, nos reuníamos junto ao pai ao redor do rádio para ouvir a missa. Nessas ocasiões sempre dizia: “primeiro o dever, depois o prazer”. Acreditava que o domingo sem missa, era semana sem graça.

          Na vida profissional fez curso completo de alfaiate, ao lado do “Bepe Salvalágio”, no entanto nunca costurou um terno sequer, por opção própria e consciente. Ainda antes de seu casamento ajudou a construir o engenho de açúcar de seu pai José, sob a supervisão de “Luis Sant”. Aprendeu a fazer cachaça e produzia álcool o qual era comercializado nas farmácias da região. Tinha aptidões para marcenaria, com certo sucesso. Na infância de seus filhos, confeccionava os brinquedos, os sonhados carrinhos, em especial para o natal. Fazia tamancos usados por todos os homens e mulheres, sem discriminação de gênero.

          Sua principal diversão era a dança, mas nada relacionado a jogos e ao consumo de bebidas alcoólicas. Com relação aos jogos se permitia a um inocente jogo de dominó, com seu Maneca, vizinho de porta.

          Aos 18 anos de idade foi convocado para integrar a Força Expedicionária Brasileira – FEB e lutar na 2ª Guerra Mundial; não embarcou para o campo de batalha devido a um ferimento grave na perna, que castiga duramente a sua vida.

          Aos 24 anos de idade iniciou namoro com Zita Heidemann(¤17/05/1926), filha de Bernardo Heidemann e Catarina Külkamp, com quem se casou 3 anos depois e vive até hoje: 56 anos de vida matrimonial, com a graça de Deus. Teve os seguintes filhos: Tarcísio Jochem(¤07/02/1949) casado com Juceléia Jerônimo Jochem (¤17/06/1956), Salésio Jochem(¤26/07/1950), Maria Livino Jochem de Araújo (¤28/01/1952) casada com Cláudio Bonequini de Araújo (¤20/11/1961), Marcos Jochem(¤22/11/1952) casado com Claudia Bonequini de Araújo(¤20/11/1961), Terezinha Jochem(¤23/06/1955†17/06/1957), Padre José Livinos Jochen(¤01/04/1956) - pároco de Humaitá em Tubarão-SC, Fulgêncio Jochem(¤23/09/1957†...../...../.....), Rita Jochem(¤11/02/1961) casada com Carlos José Back (¤19/02/1955), Padre Aluísio Heidemann Jochem(¤19/09/1962) - Padre de Bela Vista-MS na fronteira com o Paraguai, Lúcia Jochem Miguel (¤13/12/1963) casada com João Marcelino Miguel(¤23/06/1964), Wilson Heidemann Jochem(¤18/12/1965) casado com Maria de Souza – separados e Nivaldo Heidemann Jochem(¤11/01/1969) casado com Alvaci Mattes – separados. Teve, também, participação na criação de Andréia, sua primeira neta, atualmente residente em São José dos Campos, em São Paulo.

          Aos senhores podemos dizer como honrados e honrosos do pai que temos que Livino Jochem é, antes de tudo, um homem sereno e forte porque nunca se cansou de sonhar. É um homem de esperança, porque nunca desistiu de lutar e vencer. É um homem de perseverança, um homem de oração: esta foi um motor em sua vida. Por fim podemos afirmar que, Livino, de terços diários, de missas dominicais, ao seu modo, constitui-se num Santo vivo que nos orgulha e nos enche de alegria por sermos seus filhos. Hoje Livino Jochem tem 83 anos de idade e reside em Braço do Norte, em Santa Catarina.